A minha campanha “difamatória” contra os Estados Unidos da América, sempre foi baseada em notícias que li aqui e ali, depoimentos colhidos lá e cá.
Virei um anti-americanista antiquado e saudosista, usando clichês surrados como “Abaixo o Imperialismo Americano”
Minha luta solo aqui neste espaço sempre foi tranquilamente rebatida pelos doutos conhecimentos do Dr. Claudio Spiguel PHD, e pelo Taquinho que como cidadão americano não quis ver ou “tapou o sol com a peneira” para as minhas “infundadas” críticas.
Mas como dizem lá em Patos de Minas. “Deus ajuda os bêbados e os inocentes”.
Estando eu enquadrado na categoria dos inocentes do que dos bêbados propriamente, Deus fez justiça e mandou seu recado através do documentário “Inside Job” que arrebatou o Oscar de 2011 como melhor documentário.
Inside Job poderia ser mais uma daquelas obras de ficção financiadas pelos comunistas ou terroristas para desestabilizar os “ianques” ou sua economia até então tida como a mais forte do mundo livre.
Mas o que avalisa o documentário diante de todo e qualquer argumento, é que os seus principais entrevistados são exatamente gente que participou do processo de destruição lenta e gradual da economia americana e cujos depoimentos são tão reveladores que vai deixar até o Dr. Spiguel com a pulga atrás da orelha.
Não acredito que haja uma infiltração comunista, fascista ou terrorista no meio da multidão de americanos que hoje ocupa as ruas das principais cidades dos EUA pedindo uma distribuição de renda mais justa, emprego e moradia e devolução de seus dólares tomados na “mão grande” por especuladores e banqueiros inescrupulosos apoiados descaradamente pelo governo americano.
Nos últimos dias, o telejornais com suas notícias sobre a América, faz lembrar um país que conheço e onde estas reivindicações são feitas a todo instante.
O paralelo com um país latino americano onde políticos corruptos e banqueiros gananciosos massacram o povo com suas armadilhas baseada em papéis sem lastro e sem escrúpulo é agora inevitável.
O que mais me assustou foi saber que nenhum dos envolvidos foi punido. Nenhum. Nada. Zero.
Já aqui no Patropi, tivemos muita gente demitida, muita gente cassada e execrada. Por lá a punição foi o remanejamento para postos mais elevados e de preferência ao lado de Mister Obama, o Salvador.
O DOCUMENTÁRIO
Narrado por Matt Damon, o documentário revela verdades incômodas da crise econômica mundial de 2008. A quebradeira geral, cujo custo é estimado em US$ 20 trilhões, resultou na perda do emprego e moradia para milhões de pessoas. Com pesquisa e entrevistas, o filme revela as corrosivas relações de políticos, agentes reguladores e a Academia (universidades).
O filme chama a atenção pela ampla pesquisa que foi feita para monta-lo, além de ser muito conciso extremamente didático e muito detalhado. Creio que não foi nada fácil lidar com um tema bastante complexo, mas o diretor soube utilizar as diversas entrevistas além de materiais de arquivo (muitos gráficos e vídeos dos envolvidos) para conseguir ser claro e incisivo ao mesmo tempo.
O documentário explica como diversos bancos norte-americanos promoveram agressivamente o financiamento e refinanciamento de hipotecas, mesmo para aqueles que claramente não podiam pagá-las, ao mesmo tempo em que especulavam em cima desse não pagamento e por fim obtiveram lucros astronômicos mesmo com a perda e falência de diversas instituições.
Ao mesmo tempo enquanto crescia essa bolha da ciranda financeira, os lobistas (bem pagos pelo setor financeiro) se empenhavam junto a políticos para que não se aprovasse nenhuma legislação dificultando seus movimentos. Enquanto estes mantiveram forte pressão nos altos escalões do governo a desregulamentação do setor iniciada nos anos 1980, com o presidente republicano Ronald Reagan foi mantida pelo democrata Bill Clinton, na década de 1990 e continua até hoje.
Trabalho Interno é um documentário infelizmente realisticamente sombrio. Ao longo de nossa jornada concluímos que os idealizadores destas operações de alto risco sabiam que suas ações poderiam gerar grandes prejuízos e até uma grave crise financeira a médio e longo prazo, mas ao mesmo tempo muito lucro em curto prazo. É incrível, mas vários dos envolvidos nesse processo criminoso e corrosivo não foram punidos, além disso, alguns continuam assessorando o governo atual de Barack Obama. O que piora a situação é que vários intelectuais de influência no setor, professores e até coordenadores das faculdades de renome que deveriam oferecer um contraponto crítico na verdade serviam de apoio para o sistema. Eles produziam artigos e publicações que sancionavam essas transações ao mesmo tempo em que eram pagos com milhares de dólares das empresas especuladoras.
O filme chama a atenção pela ampla pesquisa que foi feita para monta-lo, além de ser muito conciso extremamente didático e muito detalhado. Creio que não foi nada fácil lidar com um tema bastante complexo, mas o diretor soube utilizar as diversas entrevistas além de materiais de arquivo (muitos gráficos e vídeos dos envolvidos) para conseguir ser claro e incisivo ao mesmo tempo.
O documentário explica como diversos bancos norte-americanos promoveram agressivamente o financiamento e refinanciamento de hipotecas, mesmo para aqueles que claramente não podiam pagá-las, ao mesmo tempo em que especulavam em cima desse não pagamento e por fim obtiveram lucros astronômicos mesmo com a perda e falência de diversas instituições.
Ao mesmo tempo enquanto crescia essa bolha da ciranda financeira, os lobistas (bem pagos pelo setor financeiro) se empenhavam junto a políticos para que não se aprovasse nenhuma legislação dificultando seus movimentos. Enquanto estes mantiveram forte pressão nos altos escalões do governo a desregulamentação do setor iniciada nos anos 1980, com o presidente republicano Ronald Reagan foi mantida pelo democrata Bill Clinton, na década de 1990 e continua até hoje.
Trabalho Interno é um documentário infelizmente realisticamente sombrio. Ao longo de nossa jornada concluímos que os idealizadores destas operações de alto risco sabiam que suas ações poderiam gerar grandes prejuízos e até uma grave crise financeira a médio e longo prazo, mas ao mesmo tempo muito lucro em curto prazo. É incrível, mas vários dos envolvidos nesse processo criminoso e corrosivo não foram punidos, além disso, alguns continuam assessorando o governo atual de Barack Obama. O que piora a situação é que vários intelectuais de influência no setor, professores e até coordenadores das faculdades de renome que deveriam oferecer um contraponto crítico na verdade serviam de apoio para o sistema. Eles produziam artigos e publicações que sancionavam essas transações ao mesmo tempo em que eram pagos com milhares de dólares das empresas especuladoras.
Faço uma confissão: observando a terra do Dr. Cláudio Spiguel, Lincoln, das famílias Kennedy e Bush, não conseguem evitar paralelos com o nosso Brasil. acontecimentos que hoje levam o “país das oportunidades” a greves e protestos contra o desemprego e a distribuição desigual de renda.
Mais bem informado depois desta aula de economia em que os próprios criadores do caos são os personagens com seus depoimentos cínicos e muitas vezes incoerentes, posso dormir tranquilo ao sem aquele incômodo preconceito contra os americanos pelo qual fui tão criticado aqui neste espaço.
Como é que este povo todo tão desenvolvido culturalmente, preparado nas melhores universidades do mundo se deixou levar por tão poucos espertalhões?
Isto só quem conhece bem o a forma de pensar deste povo pacífico e ordeiro pode explicar.