segunda-feira, novembro 21, 2011

SHAME


A minha campanha “difamatória” contra os Estados Unidos da América, sempre foi baseada em notícias que li aqui e ali, depoimentos colhidos lá e cá.
Virei um anti-americanista antiquado e saudosista, usando clichês surrados como “Abaixo o Imperialismo Americano”
Minha luta solo aqui neste espaço sempre foi tranquilamente rebatida pelos doutos conhecimentos do Dr. Claudio Spiguel PHD, e pelo Taquinho que como cidadão americano não quis ver ou “tapou o sol com a peneira” para as minhas  “infundadas” críticas.
Mas como dizem lá em Patos de Minas. “Deus ajuda os bêbados e os inocentes”.
Estando eu enquadrado  na categoria dos inocentes do que dos bêbados propriamente, Deus fez justiça e mandou seu recado através do documentário “Inside Job” que arrebatou o Oscar de 2011 como melhor documentário.
Inside Job poderia ser mais uma daquelas obras de ficção financiadas pelos comunistas ou terroristas para desestabilizar os “ianques” ou sua economia até então tida como a mais forte do mundo livre.
Mas o que avalisa o documentário diante de todo e qualquer argumento, é que os seus principais entrevistados são exatamente gente que participou do processo de destruição lenta e gradual da economia americana e cujos depoimentos são tão reveladores que vai deixar até o Dr. Spiguel com a pulga atrás da orelha.
Não acredito que haja uma infiltração comunista, fascista ou terrorista no meio da multidão de americanos que hoje ocupa as ruas das principais cidades dos EUA pedindo uma distribuição de renda mais justa, emprego e moradia e devolução de seus dólares tomados na “mão grande” por especuladores e banqueiros inescrupulosos apoiados descaradamente pelo governo americano.
Nos últimos dias, o telejornais  com suas notícias sobre a América, faz lembrar um país que conheço e onde estas reivindicações são feitas a todo instante.
O paralelo com um país latino americano onde políticos corruptos e banqueiros gananciosos massacram o povo com suas armadilhas baseada em papéis sem lastro e sem escrúpulo é agora inevitável.
O que mais me assustou foi saber que nenhum dos envolvidos foi punido. Nenhum. Nada. Zero.
Já aqui no Patropi, tivemos muita gente demitida, muita gente cassada e execrada. Por lá a punição foi o remanejamento para postos mais elevados e de preferência ao lado de Mister Obama, o Salvador.
O DOCUMENTÁRIO
Narrado por Matt Damon, o documentário revela verdades incômodas da crise econômica mundial de 2008. A quebradeira geral, cujo custo é estimado em US$ 20 trilhões, resultou na perda do emprego e moradia para milhões de pessoas. Com pesquisa e entrevistas, o filme revela as corrosivas relações de políticos, agentes reguladores e a Academia (universidades).

O filme chama a atenção pela ampla pesquisa que foi feita para monta-lo, além de ser muito conciso extremamente didático e muito detalhado. Creio que não foi nada fácil lidar com um tema bastante complexo, mas o diretor soube utilizar as diversas entrevistas além de materiais de arquivo (muitos gráficos e vídeos dos envolvidos) para conseguir ser claro e incisivo ao mesmo tempo.

O documentário explica como diversos bancos norte-americanos promoveram agressivamente o financiamento e refinanciamento de hipotecas, mesmo para aqueles que claramente não podiam pagá-las, ao mesmo tempo em que especulavam em cima desse não pagamento e por fim obtiveram lucros astronômicos mesmo com a perda e falência de diversas instituições.

Ao mesmo tempo enquanto crescia essa bolha da ciranda financeira, os lobistas (bem pagos pelo setor financeiro) se empenhavam junto a políticos para que não se aprovasse nenhuma legislação dificultando seus movimentos.  Enquanto estes mantiveram forte pressão nos altos escalões do governo a desregulamentação do setor iniciada nos anos 1980, com o presidente republicano Ronald Reagan foi mantida pelo democrata Bill Clinton, na década de 1990 e continua até hoje.

Trabalho Interno é um documentário infelizmente  realisticamente sombrio. Ao longo de nossa jornada concluímos que os idealizadores destas operações de alto risco sabiam que suas ações poderiam gerar grandes prejuízos e até uma grave crise financeira a médio e longo prazo, mas ao mesmo tempo muito lucro em curto prazo. É incrível, mas vários dos envolvidos nesse processo criminoso e corrosivo não foram punidos, além disso, alguns continuam assessorando o governo atual de Barack Obama. O que piora a situação é que vários intelectuais de influência no setor, professores e até coordenadores das faculdades de renome que deveriam oferecer um contraponto crítico na verdade serviam de apoio para o sistema. Eles produziam artigos e publicações que sancionavam essas transações ao mesmo tempo em que eram pagos com milhares de dólares das empresas especuladoras.

Faço uma confissão: observando a terra do Dr. Cláudio Spiguel,  Lincoln, das famílias Kennedy e Bush, não conseguem evitar paralelos com o nosso Brasil. acontecimentos que hoje levam o “país das oportunidades”  a greves e protestos contra o desemprego e a distribuição desigual  de renda.
Mais bem informado depois desta aula de economia em que os próprios criadores do caos são os personagens com seus depoimentos cínicos e muitas vezes incoerentes, posso dormir tranquilo ao sem aquele incômodo preconceito contra os americanos pelo qual fui tão criticado aqui neste espaço.
Como é que este povo todo tão desenvolvido culturalmente, preparado nas melhores universidades do mundo se deixou levar por tão poucos espertalhões?
Isto só quem conhece bem o a forma de pensar deste povo pacífico e ordeiro pode explicar.

quinta-feira, agosto 04, 2011

MÍDIA NELES

"Nós combateremos sistematicamente. O governo não irá abraçar nenhum caso de corrupção, mas o governo também não irá se pautar por medidas midiáticas no combate à corrupção. Nós combateremos efetivamente - afirmou, logo após o lançamento do plano Brasil Maior, a nova política industrial do governo." (Dilma Roussef )


Se não fosse pelas denúncias da mídia o governo nunca iria investigar as falcatruas cometidas pelos políticos assentados em seus confortáveis cargos onde o salário é apenas uma gorgeta diante do que levam dos cofres públicos.

Como jornalista há mais de 40 anos, já vi muita coisa estranha neste país.
Denúncias sempre tem que ser olhadas com uma certa dose de desconfiança pois é uma forma que os políticos tem de puxar os tapetes de seus desafetos.

Certamente os cidadãos que pagam impostos e são roubados descaradamente pelos bandoleiros que se instalam nas hostes governistas, não acreditam e nem esperam investigações sérias desta gente.

 Nem com toda sua boa vontade Dilma vai conseguir mudar o estado de corrupção instalado a séculos na máquina pública. Ela não tem poder para isto e nem pode mexer muito neste vespeiro pois corre sérios riscos de sair com a cara inchada pelas picadas dos marimbondos de fogo.

Assim, nós, o povo só podemos contar hoje com as denúncias e o empenho da imprensa, ainda livre, para nos proteger e nos livrar deste mal, amém.








quinta-feira, maio 19, 2011

MULTIPLICANDO

Ao entardecer, os discípulos se aproximaram de Jesus e disseram-lhe:
Despeça-os, para que possam ir ás fazendas ou aldeias vizinhas comprar algum alimento.


Jesus lhes respondeu:
- Dêem-lhes vocês mesmos de comer!
- Mas nós não temos aqui mais que dois peixes e cinco pães, disseram eles.

Então tragam aqui os pães e peixes. Depois mandem as pessoas sentarem-se em grupos de cinqüenta, recomendou Jesus.


Os discípulos obedeceram-lhe. E Jesus, tomando os cinco pães e os dois peixes, abençoou-os, partiu-os e deu-os a seus discípulos, para que servissem às pessoas.


Estavam presentes ali quase cinco mil pessoas. Todos comeram até fartar-se. E ainda sobraram doze cestos de pedaços de pães e peixes.


O CERTO AGORA É FALAR ERRADO?


O MEC aprovou e distribuiu um livro produzido pela ONG Ação Educativa que defende errar concordância.

Um capítulo do livro "Por uma Vida Melhor", da ONG,  uma das mais respeitadas na área, diz que, na variedade lingüística popular, pode-se dizer "Os livro ilustrado mais interessante estão emprestado".

Em sua página 15, o texto afirma, conforme revelou o Jornal Nacional há poucos dias atrás: "Você pode estar se perguntando: 'Mas eu posso falar os livro?'. Claro que pode. Mas fique atento porque, dependendo da situação, você corre o risco de ser vítima de preconceito linguístico".

Segundo o MEC, o livro está em acordo com os PCNs (Parâmetros Curriculares Nacionais) --normas a serem seguidas por todas as escolas e livros didáticos.

"A escola precisa livrar-se de alguns mitos: o de que existe uma única forma 'certa' de falar, a que parece com a escrita; e o de que a escrita é o espelho da fala", afirma o texto dos PCNs.

"Essas duas crenças produziram uma prática de mutilação cultural que, além de desvalorizar a forma de falar do aluno, denota desconhecimento de que a escrita de uma língua não corresponde inteiramente a nenhum de seus dialetos", continua.

Heloísa Ramos, uma das autoras do livro, disse que a citação polêmica está num capítulo que descreve as diferenças entre escrever e falar, mas que a coleção não ignora que "cabe à escola ensinar as convenções ortográficas e as características da variedade linguística de prestígio".

O linguista Evanildo Bechara, da Academia Brasileira de Letras, critica os PCNs.

"Há uma confusão entre o que se espera da pesquisa de um cientista e a tarefa de um professor. Se o professor diz que o aluno pode continuar falando 'nós vai' porque isso não está errado, então esse é o pior tipo de pedagogia, a da mesmice cultural", diz.

"Se um indivíduo vai para a escola, é porque busca ascensão social. E isso demanda da escola que lhe ensine novas formas de pensar, agir e falar", continua Bechara.

Pasquale Cipro Neto, colunista da Folha, alerta para o risco de exageros. "Uma coisa é manifestar preconceito contra quem quer que seja por causa da expressão que ela usa. Mas isso não quer dizer que qualquer variedade da língua é adequada a qualquer situação."

Bem, para nós gente que "aprendeu" a ler e a escrever nos tempos em que a escola pública era mesmo pública e eficiente, tem alguma coisa errada nisto.

Para começar vejamos o que está por trás desta publicação “meia” estranha.

O MEC autorizou uma tiragem de 450 mil livros de uma só vez ao custo estimado de mais de 2 milhões de “reaus”.

Nem a editora do nosso mago de plantão, Paulo Coelho tira tanto assim na primeira edição. A média é de 30 mil exemplares na primeira mesmo porque nunca se sabe qual vai ser a aceitação do público.

Ao que me consta este livro pago com o dinheiro do contribuinte,  não passou por aprovação de uma junta popular de cultural nem por nenhum expert em línguas que não os próprios empregados do MEC.

Pedir que os professores que escrevam os “livro” voltem para a escola não vai adiantar muito porque a escola que eles aprenderam que escrever errado é certo não é lá muito confiável.

Se o livro tivesse sido lançado no governo passado onde falar e escrever errado estava na moda a gente ainda engolia.

Assim me resta concluir que o livro “Por Uma Vida Melhor” deve estar realmente servindo ao propósito de melhorar a vida do pessoal da ONG Ação Educativa e da professora Heloisa Ramos e  não para educar a moçada que já anda escrevendo por códigos por falta de um aprendizado decente.

Nóis que gosta de escrevê serto, está indignado com este trem!!




quarta-feira, março 30, 2011

Duela a Quem Duela

Hoje fazem 62 anos que eu nasci. Em 1949 a expectativa de vida era de 47 anos portanto já estou lucrando 15 nesta brincadeira.

Hoje eu volto a escrever no meu blog sobre política. Aviso aos meus milhares de leitores que  meu compromisso é com a verdade doa a quem doer! Esta frase é perigosa pois cada vez que um político fala isto sempre dói. Na gente, é claro.
 
Distinto público. Aqui começa uma nova era. A era dos que já passaram por muitas coisa e principalmente e viram muitas coisas estranhas . A era dos que já cansaram de ser enganados. A era dos que não acreditam mais com tanta facilidade.

Dei o tempo que achei necessário para os políticos entenderem que nós, o povo, é que formamos a nação que eles insistem em deformar.

Não vi resultados. Portanto do alto deste planalto central e tendo por arma meu teclado e a tecnologia da internet, aviso: - Vou descer a borduna! "Duela a quem duela"


On The Road Tropical

                           

Uma reportagem exibida pelo Fantástico do último domingo (27/03) fez um estrago na Polícia Rodoviária Federal.

Uma equipe jornalística do programa percorreu em uma semana cerca de 9000 km entre Santa Catarina e o Rio Grande do Norte documentando a vida de quem vive ao longo das buraquentas estradas do país.

O que se viu está nos noticiários e andou provocando a demissão de poucos figurões, assessores de menos importância e parte da  arraia miúda. Como é de praxe vão abrir uma  rigorosa sindicância para apurar os fatos doa a quem doer.

Este filme a gente da viu antes. Vereadores donos de postos de gasolina envolvidos na  venda de drogas até no  cartão de crédito, fiscalização levando o seu cafezinho para liberar tudo e qualquer coisa, políticos coniventes com esquemas montados para extrair dinheiro de trabalhadores e ao final o butim repartido entre aqueles que já são pagos para evitar justamente os crimes que cometem.
Aliás, ultimamente, a imprensa vem fazendo a diferença na fiscalização e divulgação da sujeira que, via de regra, nunca aparecia publicamente. 

Não sabemos como as coisas são negociadas entre as empresas de comunicação e os envolvidos,  nem como as matérias são liberadas. Isto ainda é um mistério que certamente não é revelado em sua totalidade. Muito peixe grande e até bagres mais ensaboados acabam escapando em negociações feitas em troca de denúncias. Mas enfim este é o sistema.

O estado nunca esteve aparelhado para cumprir seu dever e mesmo com os impostos batendo à casa dos 50% o cidadão está entregue aos “disque denúncia” implantados pela mídia em geral já que os milhares de 0800 disponibilizados pelo governo são tão ineficientes quanto a máquina estatal.

São tempos de interatividade, uma era em que as micro-câmeras dos telefones celulares, as filmadoras que cabem na palma de uma mão e outras parafernálias eletrônicas,  vem servindo de arma para cidadãos cansados do descaso das autoridades.

Em seu livro l894, George Orwell  previa que o estado invadiria  a privacidade dos cidadãos com câmeras descaradamente colocadas dentro de suas casas para vigiar seus modos de agir e pensar. No livro de Orwell quem comandava tudo era o “Big Brother”, ou Grande Irmão uma espécie autoridade onipresente.

Daí nasceu a idéia do programa da Rede Globo, o tal de “Big Brother Brasil” que faz a nação venerar os “heróis” do Pedro Bial. Mas isto é outra história.



Se no excelente “1984” o governo vigiava em demasia os cidadãos, hoje em 2011,  são os cidadãos que tentam vigiar o governo para que este faça o trabalho pelo qual já são pagos para fazer.

George Orwell, morto em 1950 aos 47 anos, ficaria surpreso ao ver que sua ficção virou uma história meio ao contrário aqui no nosso patropi.




 

sexta-feira, novembro 20, 2009

Quintal do Poeta

Imperdível o blog http://www.quintaldospoetas.com.br/
Zé Roberto não é jornalista formado. É historiador. Mas como faz falta um jornalista do nível do Zé nestes nossos veículos de comunicação. Baseado no que lê, ouve e vê, Zé consegue traduzir e reler como poucos o que todos nós pensamos e não sabemos como dizer. Ele consegue transformar e analisar com seu humor sagaz e cortante como uma peixeira, estatísticas e números que economistas do governo e jornalistas de economia nos enfiam pela goela abaixo. É um prazer ler os textos do Zé Roberto um intelectual de primeira linha e com o conhecimento histório tão necessário para não confudir alhos com bugalhos e colocar numa linguagem crível para o leitor cansado de masturbação econômica e política da nossa imprensa habitada por figurinhas que já deviam ter saido do álbum há muito tempo.

Pena que nossas "primas donas" da mídia não conseguem ler nada além do que eles escrevem.

Melhor para nós que podemos ver as notícias analisadas com inteligência e quase sempre sem insenção!

Obrigado Zé.

segunda-feira, setembro 14, 2009

Pai, Perdoai a Vanusa!

O Ziraldo saiu em defesa da Vanusa.
Disse que não se deve "chutar cachorro morto".
"Acho uma sacanagem", me disse ele outro dia aqui em Brasília.
Ela não estava bêbada e sim cheia de remédios.

Tudo bem, mas ela bem que podia ter evitado o vexame.
Era só desmaiar antes e não depois de trucidar o hino nacional.

Tem Culpa Eu?



"Americano comum também é culpado pela crise, diz Obama." (Uol,14/09/2009)


Sobrou para o povo americano.
Pensei que esta mania era exclusividade de nossos políticos...






















quarta-feira, setembro 02, 2009

Como Destruir o Hino Nacional

A exemplo dos senadores que destroem o Congresso Nacional, Vanusa, destruiu o Hino Nacional Brasileiro.

De duas uma: Vanusa bebeu para aguentar tanto político junto ou quis fazer uma performace para mostrar o estado caótico em que andam nossas instituições.

Clique aqui para ver no Youtube.

http://www.youtube.com/watch?v=lOhJ-T-IKTg

Abaixo, o professor da Vanusa

http://www.youtube.com/watch?v=IHV6C6ZfW-c