quinta-feira, maio 19, 2011


O CERTO AGORA É FALAR ERRADO?


O MEC aprovou e distribuiu um livro produzido pela ONG Ação Educativa que defende errar concordância.

Um capítulo do livro "Por uma Vida Melhor", da ONG,  uma das mais respeitadas na área, diz que, na variedade lingüística popular, pode-se dizer "Os livro ilustrado mais interessante estão emprestado".

Em sua página 15, o texto afirma, conforme revelou o Jornal Nacional há poucos dias atrás: "Você pode estar se perguntando: 'Mas eu posso falar os livro?'. Claro que pode. Mas fique atento porque, dependendo da situação, você corre o risco de ser vítima de preconceito linguístico".

Segundo o MEC, o livro está em acordo com os PCNs (Parâmetros Curriculares Nacionais) --normas a serem seguidas por todas as escolas e livros didáticos.

"A escola precisa livrar-se de alguns mitos: o de que existe uma única forma 'certa' de falar, a que parece com a escrita; e o de que a escrita é o espelho da fala", afirma o texto dos PCNs.

"Essas duas crenças produziram uma prática de mutilação cultural que, além de desvalorizar a forma de falar do aluno, denota desconhecimento de que a escrita de uma língua não corresponde inteiramente a nenhum de seus dialetos", continua.

Heloísa Ramos, uma das autoras do livro, disse que a citação polêmica está num capítulo que descreve as diferenças entre escrever e falar, mas que a coleção não ignora que "cabe à escola ensinar as convenções ortográficas e as características da variedade linguística de prestígio".

O linguista Evanildo Bechara, da Academia Brasileira de Letras, critica os PCNs.

"Há uma confusão entre o que se espera da pesquisa de um cientista e a tarefa de um professor. Se o professor diz que o aluno pode continuar falando 'nós vai' porque isso não está errado, então esse é o pior tipo de pedagogia, a da mesmice cultural", diz.

"Se um indivíduo vai para a escola, é porque busca ascensão social. E isso demanda da escola que lhe ensine novas formas de pensar, agir e falar", continua Bechara.

Pasquale Cipro Neto, colunista da Folha, alerta para o risco de exageros. "Uma coisa é manifestar preconceito contra quem quer que seja por causa da expressão que ela usa. Mas isso não quer dizer que qualquer variedade da língua é adequada a qualquer situação."

Bem, para nós gente que "aprendeu" a ler e a escrever nos tempos em que a escola pública era mesmo pública e eficiente, tem alguma coisa errada nisto.

Para começar vejamos o que está por trás desta publicação “meia” estranha.

O MEC autorizou uma tiragem de 450 mil livros de uma só vez ao custo estimado de mais de 2 milhões de “reaus”.

Nem a editora do nosso mago de plantão, Paulo Coelho tira tanto assim na primeira edição. A média é de 30 mil exemplares na primeira mesmo porque nunca se sabe qual vai ser a aceitação do público.

Ao que me consta este livro pago com o dinheiro do contribuinte,  não passou por aprovação de uma junta popular de cultural nem por nenhum expert em línguas que não os próprios empregados do MEC.

Pedir que os professores que escrevam os “livro” voltem para a escola não vai adiantar muito porque a escola que eles aprenderam que escrever errado é certo não é lá muito confiável.

Se o livro tivesse sido lançado no governo passado onde falar e escrever errado estava na moda a gente ainda engolia.

Assim me resta concluir que o livro “Por Uma Vida Melhor” deve estar realmente servindo ao propósito de melhorar a vida do pessoal da ONG Ação Educativa e da professora Heloisa Ramos e  não para educar a moçada que já anda escrevendo por códigos por falta de um aprendizado decente.

Nóis que gosta de escrevê serto, está indignado com este trem!!




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