Na rodovia 'Transgarimpeira' - como é chamado o trecho da BR-163 entre os municípios de Novo Progresso e Trairão - 60% da população ribeirinha estão contaminados por mercúrio. Deste universo, 50% relataram gosto metálico na boca, tremores e palpitação e 40% tinham sensações de formigamento, adormecimento ou ardência nas mãos e pés. A conseqüência mais grave é o dano irreversível ao cérebro humano.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) estipula 0,5 ppm como índice aceitável de presença de mercúrio, mas, no rio Tapajós, foram registrados 22 ppm num peixe carnívoro (o maior índice de contágio do planeta). Às proximidades do 'São Chico', duas traíras - uma das espécies mais consumidas da região - registraram de 19 a 20 ppm de contaminação. Ppm quer dizer 'parte por milhão' e é uma medida científica usada para estimar a concentração do metal em soluções diluídas.
Imagina só o São Francisco e outros rios mais onde a garimpagem corre solta...

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