Clarice Linspector era uma mulher amarga pelas condições que a vida lhe impôs.
Nascida em Tchelchenick, Ucrânia, veio para o Brasil aos dois meses de idade e nos legou memoráveis textos.
Morreu há 30 anos.
Com um trecho da crônica, “Três Experiências”, minhas homengens a Clarice Linspector, tão cheia de mistérios quanto a Clarice da música de Caetano Veloso.
“Amar os outros é a única salvação individual que conheço: ninguém estará perdido se der amor e às vezes receber amor em troca.
Sempre me restará amar. Escrever é alguma coisa extremamente forte mas que pode me trair e me abandonar: posso um dia sentir que já escrevi o que é meu lote neste mundo e que eu devo aprender também a parar. Em escrever eu não tenho nenhuma garantia.
Ao passo que amar eu posso até a hora de morrer. Amar não acaba. É como se o mundo estivesse a minha espera. E eu vou ao encontro do que me espera.”
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