Ao determinar em seu primeiro ato como presidente dos EUA, a suspensão do julgamento de cinco acusados de terrorismo presos em Guantánamo, Barack Obama começa a trabalhar em uma de suas principais promessas de campanha: A desativação da prisão de um local que envergonha o povo americano.
Neste caso, Obama está apenas ratificando uma decisão que já havia sido tomada antes mesmo dele existir como candidato.
Vai ser atendido porque tudo já estava combinado entre os que na prática conduzem os destinos dos Americanos.
O mundo todo fez pressão para acabar com Guantánamo principalmente depois que soldados que torturavam prisioneiros vazaram informações sobre os métodos nada ortodoxos lá utilizados e também pela inutilidade dos resultados.
Naquela prisão mantida a alto preço pelo governo, estão todas as pessoas suspeitas ou parecidas com terroristas muçulmanos presas depois do 11 de setembro.
A grande maioria, segundo os próprios torturadores, não sabe e nem viu nada mesmo.
Mas no momento de sua ativação foi fundamental para mostrar que haveria retaliação pelo ataque terrorista à Torres Gêmeas e ao Pentágono. E era preciso ordenar a caça e o extermínio do terrorismo oriental.
Assim como a "retirada" de Israel da Faixa de Gaza às vésperas da posse, desativar Guantánamo já fazia parte dos planos de marketing para receber o Messias Negro.
É claro que vão manter uma torturazinha básica por lá mesmo porque é uma base estratégica. Além de ficar perto de Cuba onde sempre é possível dar uma espiadela, é sempre bom manter um lugar seguro onde se possa arrancar confissões de traficantes, políticos, inimigos dos estado em geral sem que a sociedade ouça seus gritos incômodos.
Tenho a impressão que o Obama acredita que pode muito. Pode, mas não pode tudo.
Por trás dele estão como sempre estiveram os que pagaram pela sua eleição e tantos outros interesses escusos.
Mas, o que for possível fazer para manter a imagem de transformador, protetor dos fracos e oprimidos vai ser feito. Neste momento os EUA precisam de credibilidade junto à opinião pública. A imagem do "american way of life" foi completamente destruída pelo Bush.
Até mesmo o povo mais auto-suficiente do mundo, precisa do "Yes, we can", palavra de ordem que Obama criou para manter a união e esperança dos americanos.
A questão fulcral agora é ver como o mercado financeiro vai se comportar a partir do momento em que a China e outras potências não são mais emergentes e sim realidades economicamente fortes.
Será que o o mundo continuará a se curvar diante do gigante Americano
agora que descobriram que o ídolo tem pés de barro!
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