A América Latina que abriga metade dos católicos do mundo, não costuma ser alvo das atenções do Vaticano.
A preferência dos pontífices é pela Europa e isto teria uma explicação teórica se as intenções do Vaticano fossem a de trazer os ateus do Velho Continente para as hostes da Santa Madre Igreja.
Não me parece contudo que esta seja a estratégia dos Católicos.
Os países subdesenvolvidos e em desenvolvimento que somos nós aqui deste lado menos privilegiado economicamente, ficaram por um bom tempo esquecidos ou simplesmente considerados clientes fiéis do catolicismo.
O que acontece porém, é que com a tal da globalização, nós descobrimos que pode existir salvação para as almas além do catolicismo desde que nos mantenhamos cristãos.
Assim sendo, os católicos latinos, ladinos que são, começaram a migrar para o cristianismo menos punitivo e mais de acordo com a realidade do dia a dia.
O marketing dos evangélicos foi extremamente eficaz na construção de uma estratégia de aproximação deste público por meio de promessas mais concretas e mais imediatas.
Assim, eles foram atrás das cantorias, de uma casa própria, um carro, de um enriquecimento rápido ou uma simples geladeira sem a culpa que o catolicismo impinge aos que não se submetem ao caminho já traçado previamente por seu deus.
Os dízimos e as indulgências que alicerçaram a Igreja Católica da Idade Média, foram muito bem usados contra o próprio catolicismo sob forma de contribuições voluntárias desde que feitas através de um “Carnê Gedeão” com data marcada para o pagamento.
A vinda do Papa ao Brasil neste momento, não é simplesmente uma visita de cortesia ou uma vontade papal de conhecer uma favela carioca.
Frei Galvão, o das pílulas, não foi canonizado somente pelos seus méritos de produzir milagres.
Há uma necessidade imediata de estancar a migração de católicos para as religiões menos rigorosas moralmente e mais perto da realidade da pobreza cultural e física do desta América de Chumbo.
A missão é árdua e a luta terá que continuar depois desta visita.
Ou a Igreja Católica se empenha mais na busca de fiéis e vocações, ou perde sua hegemonia para os concorrentes.
Porque Jesus salva tanto os católicos como os evangélicos já que Deus é fiel e único.
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